Na data de hoje (28/03/2023) a ViaMobilidade apresentou o trem da Série 5400 conhecido como “Fepasão” nas cores adotadas pela empresa após a concessão das linhas 8 diamante e 9 esmeralda.

De acordo com comunicado da empresa, ao todo seis composições de quatro carros passarão pelo processo de revitalização. Além da pintura e adesivação com a identidade da concessionária, o processo inclui também a renovação dos tecidos dos bancos.

Vejam o vídeo do nosso amigo Lucas Mendes que mostra a chegada do trem na Estação Júlio Prestes e aproveitam e inscrevam-se no canal dele.


Conheça um pouco da história do trem

O projeto desse trem surgiu no início dos anos 1970 quando o governo paulista, comandado por Laudo Natel, contratou a empresa francesa Sofrerail (atual Systra) para realizar estudos de remodelação dos trens de subúrbios da FEPASA. Após os estudos e posterior lobby, o então presidente da ferrovia paulista, general Jaul Pires de Castro, recomendou a aquisição de 60 trens de 4 vagões da indústria francesa. A compra dos trens foi aprovada pelo então secretário de transportes Paulo Maluf, que chegou a levar os contratos e a proposta para que fossem avalizados pelo presidente Geisel. Em janeiro de 1975, a FEPASA e um consórcio de fabricantes de equipamentos ferroviários franceses (Francorail) chegaram a assinar um contrato no valor de US$ 200 milhões para o fornecimento de 60 trens de passageiros de aço inox, com cada trem possuindo 2 vagões motor e 2 reboque, equipados com ar condicionado, bancos estofados e sistema de controle de tração tipo ‘chopper’. 
O projeto sofreu uma reviravolta poucos meses depois, após a posse do novo governador, Paulo Egydio Martins, que mandou o novo secretário de transportes revisar o contrato de financiamento com o banco Crédit Lyonnais, quando o mesmo estava prestes a ser assinado pelo então embaixador do Brasil na França Antônio Delfim Netto. Segundo a gestão Martins, o contrato assinado na França tinha um custo de cerca de US$ 900 mil por trem enquanto que a RFFSA estava adquirindo trens similares da indústria nacional por US$ 400 mil a 500 mil cada. Após acusações de corrupção rapidamente abafadas pelo regime militar, o contrato sofreu reduções de escopo e financiamento além do aumento de 60 para 100 trens de 3 vagões cada e a inclusão da indústria nacional no projeto.
A Francorail utilizou parcialmente o projeto da série Z 6400 da SNCF para acelerar a fabricação dos trens para a FEPASA, que vivia uma situação cada vez mais precária nas suas linhas de subúrbio. Foi formado um consórcio franco-brasileiro para a fabricação de 100 trens unidade. O consórcio Construtor de Trens Unidade (CCTU) era formado pelas empresas Francorail, Société MTE , Brown Boveri (atual ABB), Traction CEMOerlikonJeumont Schneider e a brasileira Cobrasma.
O Trem unidade elétrico foi fabricado entre 1978 e 1980 pelo consórcio CCTU, que o nomeou série 9000. As 18 primeiras unidades (de um total de 100) foram totalmente fabricadas na França, sendo as 82 restantes montadas no Brasil pela Cobrasma, em regime CKD nas fábricas de Osasco e Sumaré.

Operação (1979-2012)
A operação oficial foi iniciada em uma cerimônia pelos 425 anos da cidade de São Paulo, em 25 de janeiro de 1979, marcando o início dos novos trens metropolitanos.
Na metade da década de 80, a FEPASA renomeou toda a sua frota de carros, e assim, os chamados “trens franceses” foram renumerados dentro da Série 5000. Sua numeração passou a ser UI 5XXX, onde o UI significava “Unidade Inoxidável” seguida da série do trem (Série 5000) mais dos números de identificação de cada TUE (sequencial).
Em 1992, a operação das linhas da FEPASA foram repassadas à nova empresa CPTM, que operava as linhas Oeste e Sul da FEPASA, porém os valores arrecadados na bilheteria eram repassados à FEPASA. Somente no ano de 1996 a CPTM passou a operar totalmente as novas Linhas B & C (atuais 8 – Diamante & 9 – Esmeralda). A série 5000 já foi a maior frota da CPTM, sendo que cada composição possuía 12 carros, divididos em 2 trens de 6 carros. Entre 1999 e 2000, algumas unidades foram modernizadas, dentro âmbito do programa Quinquenal de Modernização e Remobilização de Frota (PQMR). Com o plano de modernização da Linha 8, a série 5000 passou a ser substituída pela nova Série 8000, processo concluído em fins de 2012.
TUE Série 5400 (CPTM)

TUE Série 5400 na estação Itapevi, 2016.
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Período de serviço
2013–presente
Fabricante
en:Adtranz
Bombardier
CCC
Gevisa
MPE
/CPTM
Período de construção
1999–2000/2013
Total construídos
6 (24 carros)
Formação
Atual: 4 carros (1 TUE de 4)
Operador
CPTM (2014–2021)ViaMobilidade (2022–Atualmente)
Linhas
Diamante – Extensão Operacional[10]
Especificações
Corpo
Aço inoxidável
Portas
8 por carro (4 de cada lado)
Potência
828 kW
Captação de energia
Catenária
Bitola
1.600 mm
Trem-Unidade Elétrico da Série 5400 é um trem de passageiros metropolitano pertencente ao material rodante da CPTM.
História
Em meados de 2013 a CPTM selecionou seis unidades da série 5000 revisadas pelas empresas AdtranzBombardier, Companhia Comércio e Construções (CCC), Gevisa e Montagens Projetos Especiais S/A (MPE) entre 1998 e 2000 para serem adaptadas para circularem com quatro carros e receberam um novo padrão de identidade visual.[Porém estiveram em testes até operar oficialmente na Extensão Operacional da Linha 8-Diamante, entre Itapevi e Amador Bueno, a partir de abril de 2014 até a atualidade, como a série 5400.[13][14]
Com a concessão das Linhas 8 – Diamante e 9 – Esmeralda, os 6 trens da série 5400 foram repassados em 2022 permanentemente para a nova concessionária da linha. Com isso, sua identidade visual deve ser novamente alterada.

Fontes:
Wikipedia
ViaTrólebus
Foto de Bruno Rodrigues do canal Trens Metrô™

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