Lideranças públicas e privadas avaliam retomada da linha férrea entre Varginha e Angra dos Reis
Representantes de municípios do Sul Fluminense participaram, entre os dias 22 e 24 de maio, de uma missão técnica em Varginha (MG), com o objetivo de debater a viabilidade de reativar o trecho ferroviário que liga o sul de Minas ao litoral fluminense. O trajeto, apelidado de “Rota do Café e do Calcário”, é visto como estratégico para o escoamento da produção agrícola e industrial da região.
A visita fez parte de uma ação do Programa LIDER, do Sebrae Rio, que busca fomentar o empreendedorismo e o desenvolvimento regional por meio da articulação entre diversos setores. A missão teve apoio da Fecomércio RJ e das Agências de Desenvolvimento Regional (ADR) do Sul Fluminense e do Centro-Sul fluminense.
Participaram do encontro secretários de desenvolvimento econômico de cidades como Angra dos Reis, Barra do Piraí, Barra Mansa, Resende, Itatiaia, entre outras, além de empresários e representantes de instituições ligadas aos setores de logística, agronegócio e café.
Durante a visita, os participantes conheceram o Porto Seco Sul de Minas, um importante centro logístico com estrutura alfandegada e capacidade para movimentação de cargas químicas, agrícolas e industriais. A comitiva também passou pelo Parque Tecnológico de Varginha e pelo Centro de Excelência do Café, ambos voltados à inovação e qualificação do setor produtivo mineiro.
Péricles Aguiar, presidente da ADR Sul Fluminense, ressaltou a importância de iniciativas que promovam a união entre os setores público e privado para viabilizar soluções estruturantes. Já Delmo Pinho, da Fecomércio RJ, destacou o potencial logístico do trecho ferroviário como elo entre os mercados de Minas Gerais, São Paulo e os portos do litoral fluminense e paulista.
A coordenadora do Sebrae Rio no Médio Paraíba, Paola Tenchini, reforçou que a iniciativa está alinhada aos objetivos de promover a sustentabilidade econômica, a integração regional e o uso eficiente da infraestrutura já existente.
A proposta de reativação da ferrovia prevê sua utilização para o transporte de cargas agrícolas e industriais, beneficiando municípios do interior do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, com impacto direto na competitividade das cadeias produtivas locais.
Fonte da informação: Distrito do Vale
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