Na quarta-feira (8/3), chegou a primeira remessa de trilhos a serem instalados na Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), que está sendo executada pela Vale S.A., por meio do investimento cruzado derivado da renovação antecipada da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).
São 1.800 toneladas de trilhos para dar o arranque na superestrutura nas alças norte e sul de interligação da Fico com a Ferrovia Norte-Sul (FNS).
Os trilhos estão sendo descarregados no pátio de estocagem em Mara Rosa (GO), localizado no km 0 da Alça Sul, na ligação com a FNS. Esse será o material que será utilizado para o arranque da superestrutura. O volume restante (6.200 toneladas) permanecerá estocado em São Luís (MA) no pátio do Terminal Ferroviário Ponta da Madeira (TFPM).
FICO – A construção do trecho Mara Rosa/GO a Água Boa/MT da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) será viabilizada como contrapartida pela prorrogação antecipada do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas, cujo termo aditivo foi assinado em 18/12/2020. A operação da ferrovia será objeto de contrato de concessão a ser licitado, cujo projeto poderá ser estruturado em conjunto com trechos ferroviários da FIOL II e III, a depender dos resultados indicados nos estudos.
O projeto prevê investimento de R$ 2,73 bilhões e 46.122 mil empregos (diretos, indiretos e efeito-renda). Com 383 km de extensão, o trecho escoará a produção de grãos (soja e milho) daquela região, uma das maiores produtoras de soja do Brasil, em direção aos principais portos do país.
A Ferrovia de Integração Centro-Oeste tem por objetivos: I) estabelecer alternativas mais econômicas para os fluxos de carga de longa distância; II) favorecer a multimodalidade; III) interligar a malha ferroviária brasileira; IV) propor nova alternativa logística para o escoamento da produção agrícola e de mineração para os sistemas portuários do Norte e Nordeste; e V) incentivar investimentos, que irão incrementar a produção e induzir processos produtivos modernos.
Trará, ainda, os seguintes benefícios: I) proporcionará alternativa no direcionamento de cargas para os portos do Norte e Nordeste, principalmente aquelas produzidas em Goiás, Mato Grosso e Rondônia, e assim, reduzir o percurso e o custo do transporte marítimo de grãos e minérios exportados para os portos do Oceano Atlântico, Europa, Oriente Médio e Ásia; II) aumentará a produção agroindustrial da região, motivada por melhores condições de acesso aos mercados nacional e internacional; e III) possibilitará e estimulará a exploração de reservas minerais ainda pouco exploradas.
Fonte da informação e imagem: ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres)
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