No início de 2024, a empresa de logística Rumo, pertencente à Cosan, registrou um aumento significativo em seu volume de transporte no primeiro trimestre, totalizando 17,4 bilhões de TKU (uma métrica que multiplica a tonelagem transportada pela distância), o que representa um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2023. Além disso, seu Ebitda atingiu R$ 1,7 bilhão, refletindo um crescimento de 43%.
No ano anterior, a Rumo alcançou um marco significativo ao transportar aproximadamente 49 milhões de toneladas de diversos produtos, com projeções otimistas de crescimento de 10% ao ano até o ano de 2025. Essa expansão contínua reflete não apenas a confiança dos clientes na eficiência e confiabilidade dos serviços da Rumo, mas também a crescente demanda por transporte logístico de qualidade no mercado nacional e internacional.
Dentre os principais produtos movimentados pela empresa, destacam-se a soja em grão e farelo, milho, açúcar, fertilizantes e etanol. Essa diversidade reflete a importância estratégica da Rumo no cenário econômico do país, atendendo às necessidades de diferentes setores, desde a agricultura até a indústria alimentícia e energética.
Para sustentar esse crescimento contínuo, a Rumo tem investido não apenas em infraestrutura e tecnologia de transporte, mas também em iniciativas de desenvolvimento sustentável e responsabilidade social. A empresa reconhece a importância de operar de forma ambientalmente consciente, buscando constantemente reduzir seu impacto no meio ambiente e contribuir para um futuro mais sustentável para as gerações futuras.
Além disso, a Rumo está constantemente buscando oportunidades de expansão e aprimoramento de seus serviços, seja através de parcerias estratégicas, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, ou o desenvolvimento de soluções logísticas inovadoras que atendam às necessidades em constante evolução de seus clientes. Essa abordagem centrada no cliente e focada na excelência operacional posiciona a Rumo como uma das principais empresas de logística do país, preparada para enfrentar os desafios e oportunidades do mercado nos próximos anos.
“O estado tem um potencial de produção enorme que continuará crescendo”, disse Pedro Palma, CEO da Rumo. Ele está há 11 anos na empresa e desde março assumiu o novo cargo. Nesta quinta-feira (23), Palma participou de um evento do BTG, em Cuiabá (MT).
“O estado tem um potencial de produção enorme que continuará crescendo”, disse Pedro Palma, CEO da Rumo. “Ele está há 11 anos na empresa e desde março assumiu o novo cargo.”. Ele tem uma trajetória de 11 anos na empresa e assumiu recentemente o novo cargo.” Nesta quinta-feira (23), Palma esteve presente em um evento do BTG, realizado em Cuiabá (MT).
A ampliação dos trilhos do Terminal Rondonópolis, que conecta o complexo a Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde em um trecho de 730 km, foi mencionada por Palma como uma realidade concretizada. Esta via férrea é uma iniciativa estadual, realizada em colaboração com o governo de Mato Grosso.
“Estamos a todo vapor no primeiro trecho. Agora, em junho e julho, chegaremos a quase 5 mil pessoas trabalhando nos primeiros 200 km. Nesse trecho, o investimento é de R$ 4 bilhões para que seja executado dentro do prazo combinado para a primeira operação, que é 2026. Esse é o compromisso com o Governo do Estado, com os produtores que estão nessa região e com todo o mercado” disse Palma.
“O sentido para a ferrovia é se aproximar cada vez mais do núcleo de produção, das áreas de expansão, seja na produção agrícola, seja no núcleo de consumo de produção industrial, na região de Cuiabá”, destacou Palma.
A capacidade de carga sobre os trilhos não se resume apenas à expansão da infraestrutura ferroviária. A empresa também está investindo na otimização da operação dos trens. “Em Rondonópolis, aumentamos a capacidade de 12,5 milhões para quase 25 milhões de toneladas”, declarou o executivo. “Os trens, que antes eram compostos por 80 vagões, agora estão operando com até 120 vagões homologados.”
O projeto inclui a expansão dos pátios ao longo da ferrovia para a operação de trens com até 135 vagões. A ampliação do tamanho dos trens aumenta efetivamente a capacidade de carga, mas também introduz novas complexidades no processo. “É essencial incorporar mais inteligência e tecnologia na gestão desses trens maiores”, observa o executivo. “Um dos elementos de investimento críticos atualmente é o sistema de comunicação, conhecido pela sigla em inglês, PTC.”
No ano anterior, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiou parte do projeto, totalizando R$ 686 milhões. O projeto, denominado Positive Train Control 2.0 (PTC 2.0), é capaz de determinar com precisão a localização, direção e velocidade dos trens ao longo de toda a malha ferroviária. “Na prática, isso permitirá que cada trem se comunique entre si, não apenas com o sistema de controle central. Isso reduzirá a distância mínima entre os trens”, explica Palma, o que resultará em um maior fluxo de cargas.
O aumento da produção de etanol em Mato Grosso impulsionou o estado a alcançar, na safra 2023/24, o segundo lugar na produção desse combustível, feito tanto a partir da cana-de-açúcar quanto do milho, ficando atrás apenas de São Paulo. Em relação ao milho, o estado já é o maior produtor nacional.
Na última safra, a produção total de etanol em Mato Grosso atingiu 5,72 bilhões de litros, estabelecendo um novo recorde e registrando um crescimento de 32% em relação à safra anterior. Esse produto é de grande interesse para a Rumo, assim como os grãos.
“Um mercado que tem se mostrado extremamente promissor, e que representa uma alavanca significativa para o nosso crescimento, é o etanol de milho”, destaca Palma. Ele explica que, quando a Rumo assumiu a operação da ferrovia, o principal volume de carga era o transporte de derivados de petróleo de Paulínia (SP) para o Terminal de Rondonópolis.
No trecho entre Mato Grosso e São Paulo, aproximadamente 30% dos vagões transportavam biodiesel, com algum carregamento no retorno. “Com o aumento da produção de etanol à base de milho, esse cenário se inverteu”, destaca Palma. “Atualmente, estamos até enviando vagões vazios, pois há uma demanda para transportar etanol para o complexo de Paulínia (SP)”.
A partir desse complexo, o biocombustível é distribuído para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, atendendo a 25% da demanda. “Quando assumimos a operação da ferrovia, não prevíamos essa demanda pelo etanol de milho. Foi por meio da criação de sistemas, infraestrutura e da própria demanda do mercado que adaptamos nosso sistema para capturar esse processo”, ressalta Palma.
Fonte da informação: Forbes
Créditos da fotografia: Willian Sabião (ADM da EU AMO TREM).
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