Iniciativas estão conseguindo bons resultados no combate a um problema crônico enfrentado por ferrovias brasileiras.
Montanhas de lixo se acumulam nas linhas de trem do Rio de Janeiro. No fim de junho, um lençol jogado na rede aérea obrigou os vagões a fazer um desvio e as linhas ficaram congestionadas.
O problema se repete nas mais de 1,2 mil cidades cortadas por ferrovias de carga e de passageiros Brasil afora.
Em Belo Horizonte, só em 2022, foram retirados dos trilhos e de perto deles quase 6 toneladas de entulho. Um lugar na região oeste de Belo Horizonte é conhecido como “cachoeira de lixo”. Moradores jogam de tudo morro abaixo, e muita coisa cai nos trilhos.
“Dependendo do tipo de material, lixo que tiver em cima do trilho, pode causar algum problema na via”, diz Ronderson Hilário, professor de projetos de estradas e vias urbanas da UFMG, que questionado se poderia causar um descarrilamento, afirma: “Dependendo do tipo de lixo, sim”.
O trem já chegou a parar. Com tanto lixo nos trilhos, várias vezes não teve jeito de passar. Aí parte da comunidade se uniu e, junto com a empresa responsável pelo trecho de ferrovia, está tentando mudar este cenário. Agora quem tira material que dá para reciclar, recebe por isso.
“Pela manhã aqui é um emaranhado de gente pegando, reciclado, pegando latinha, pegando garrafas pets. Então, tem um fluxo bem grande de pessoas fazendo essa coleta de reciclado aqui”, conta Bruno Brucce, presidente de associação comunitária.
A dona de casa Soraia Ribeiro carrega sempre uma sacola. O que ela jogaria fora em casa e o que encontra perto dos trilhos traz para um ponto de coleta que a ferrovia montou.
“Pessoal que já conhece a gente que recicla ali na região já deixa separado para a gente poder estar recolhendo, trazendo para o local correto. E aí a gente ajuda na questão do meio ambiente também”, conta.
Em 2022, a comunidade levou 25 toneladas: 210 mil latinhas e garrafas pet. Recebeu R$ 17 mil. Em 2023, até agora, já foram 10 toneladas e R$ 15 mil distribuídos entre quem participa.
Em Cariacica, na Região Metropolitana de Vitória, o projeto começou no fim de 2022.
“É uma jornada, não está 100%, mas nós percebemos uma redução. A comunidade hoje tem consciência ambiental e ela quer mais”, afirma Léia Oliveira, supervisora de relacionamento institucional da VLI.
A empresa dos trens deposita o dinheiro no cartão que faz para cada morador que participa do projeto. A pensionista Andréia Santos bate ponto. É um pouquinho todo dia para melhorar de vida lá na frente.
“Estou juntando para por um piso na minha casa, porque é o meu sonho”, conta.
Fonte da informação e imagem: G1/Jornal Nacional
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