A SPR (São Paulo Railway) completa 157 anos.
PEQUENA HISTÓRIA
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São Paulo Railway
Em 1839 surge o primeiro projeto para a construção de uma ferrovia através da Serra do Mar, cadeia montanhosa que isolava o Porto de Santos e impedia o desenvolvimento econômico do Estado. Um nome importante naquela época foi Robert Stephenson, filho de George Stephenson, que inventou a locomotiva a vapor e construiu uma ferrovia que ligava Liverpool a Manchester, na Inglaterra. Após análise, este projeto inicial não foi aprovado por ter sido considerado prematuro.
Com sua força política e prestígio econômico, o Barão de Mauá reúne-se a um grupo de pessoas no ano de 1859 e consegue convencer o governo imperial de que construir uma ferrovia ligando São Paulo e o Porto de Santos seria fundamental para o desenvolvimento do País. Então, o Barão contrata profissionais para estudarem as possíveis formas de construção desta estrada de ferro.
Após pesquisas, chega-se ao nome de James Brunlees, engenheiro ferroviário da Grã-Bretanha e um dos maiores especialistas no assunto. Ele vem para o Brasil e começa a estudar a geografia da serra. Então decide que seria possível iniciar a construção com os recursos oferecidos. A execução do projeto ficou por conta de Daniel Makinson Fox, engenheiro responsável pela construção de grandes estradas de ferro na Grã-Bretanha.
No que se refere à região mais complicada para a construção, a Serra do Mar, Fox propõe a construção de quatro declives. No final de cada um, seria construído um patamar de 75 metros e com inclinação de 1,3%. O projeto é aprovado e, a partir daí, cria-se a SPR (The São Paulo Railway Company Ltd.).
Em 1860 o trecho entre Piaçagüera e Santos começa a ser construído. Essa etapa deu origem à vila de Paranapiacaba, que começou como um acampamento de operários no alto da serra. Em 1867, a São Paulo Railway é concluída e começa a ser utilizada para o tráfego. O projeto foi terminado com êxito 10 meses antes do prazo que era previsto no contrato. Com o fim do contrato em 1946, o governo brasileiro encampou a ferrovia e, em 1947, transformou-a na Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. A empresa MRS Logística S.A. assumiu a administração da ferrovia em 1996.
Com destino em São Paulo, a São Paulo Railway ainda cruza as seguintes localidades: São Caetano do Sul, Santo André, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, Cubatão e seu marco zero é em Santos. Pelo interior, seus trilhos atravessam os municípios de Jundiaí, Várzea Paulista, Campo Limpo Paulista, Francisco Morato, Franco da Rocha e Caieiras.
Atualmente o trecho da SPR esta dividido da seguinte forma:
– Jundiaí até Luz – Atual Linha 7 Rubi operada pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos)
– Luz até Rio Grande da Serra – Atual Linha 10 Turquesa operada pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Ambos trechos acima citados formam o sistema 710 operado pela própria Estatal que realiza a viagem entre Jundiaí e Rio Grande da Serra, sem necessidade de realizar baldeação de trens (obs: o leilão do TIC (Trem Intercidades) ocorrerá no próximo dia 29/02/2024 que contemplará a linha 7 Rubi e este serviço deixará de existir).
Atualmente existe o expresso turístico da CPTM de Luz para Paranapiacaba, onde o passageiro poderá ir além de Rio Grande da Serra e este é o ponto mais próximo do Mar dentro do sistema ferroviário por passageiros.
De Paranapiacaba até Santos apenas opera trens de carga da MRS Logística.
Segue um pequeno texto de nosso adm Felipe Antonini sobre a foto desta postagem:
“
Hoje, 16/02, a primeira ferrovia de São Paulo/SP completa-se 157 anos de fundação! São Paulo Raliway / Estrada de Ferro Santos a Jundiaí (SPR/EFSJ), hoje, atualmente da CPTM no trecho entre Jundiaí a Rio Grande da Serra, MRS correspondendo da locação citada até Santos, passando pela cremalheira aderência.
Na esquerda, temos um carro reservado de 1928, onde somente era apenas para autoridades, empresários e eventos esporádicos, não sendo vendido passagem pra este carro.
A direita temos um carro de correios e bagagem de 1914, que somente carregava-se malotes, malas, correspondência; tendo em vista que o sistema dos correios antigamente era assim.
Ambos preservados e operacional no trem dos imigrantes.”
Fica aqui uma singela homenagem da EU AMO TREM a esta importante ferrovia e a todos os ferroviários guerreiros que arduamente nos trouxeram tantas heranças e principalmente alegrias.
Fonte da informação: Infoescola (Adaptação: Willian Sabião)
Fonte da informação da foto e créditos da imagem: Felipe Antonini
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