Recentemente, obras da Prefeitura de São Paulo trouxeram à tona um pedaço importante da história paulistana: os trilhos do antigo sistema de bondes da cidade. Durante intervenções em algumas ruas do centro, camadas de asfalto foram removidas, revelando partes do que já foi a principal rede de transporte urbano da capital paulista. Esta redescoberta não apenas nos lembra da evolução da mobilidade em São Paulo, mas também nos permite revisitar um passado em que os bondes elétricos eram protagonistas do deslocamento pela cidade, servindo trabalhadores, estudantes e famílias, numa época onde o transporte era mais próximo do cotidiano dos bairros e com forte presença nos cenários urbanos.
Nosso administrador Willian Sabião passava pela religião e registrou conforme fotos abaixo:
Para quem tiver interesse em visitar o local, fica localizado próximo ao Páteo do Colégio, mais especificamente entre as esquinas da Ladeira Porto Geral e Rua XV de Novembro na região Central de São Paulo.
A História dos Bondes em São Paulo
O serviço de bondes em São Paulo começou em 1872 com veículos de tração animal, quando carris eram puxados por burros e cavalos, inaugurando uma nova era de transporte público urbano no Brasil. Com o avanço da tecnologia, os bondes elétricos foram implantados em 1900, substituindo as carroças e garantindo maior velocidade e capacidade. A Companhia Carris de São Paulo foi uma das pioneiras a adotar a eletricidade, e, com isso, as linhas de bonde passaram a se expandir para acompanhar o crescimento acelerado da cidade. Ao longo dos anos, a rede de bondes chegou a ter mais de 200 quilômetros de extensão, conectando pontos importantes como o centro, a Avenida Paulista, e bairros emergentes como Pinheiros e Lapa.
O Declínio e o Fim dos Bondes
Com a chegada dos ônibus e o aumento da frota de automóveis na cidade, os bondes começaram a perder espaço. Nos anos 1940, a prefeitura decidiu desativar gradualmente o sistema, encerrando definitivamente as operações em 1968. O fim dos bondes marcou o início de uma era de transporte mais centrada nos ônibus e, posteriormente, na construção do sistema de metrô. No entanto, mesmo após serem retirados, muitos trilhos ficaram sob as ruas, sendo cobertos por camadas de asfalto e esquecidos até que obras como as atuais os trouxessem de volta à superfície.
Resgatando o Passado e Preservando a Memória
A redescoberta desses trilhos abre um debate sobre a preservação da memória ferroviária em São Paulo. No mundo todo, várias cidades mantêm linhas de bonde histórico para fins turísticos e culturais, relembrando aos moradores e visitantes a importância desse meio de transporte na história urbana. Para os paulistanos, o reencontro com os trilhos escondidos sob o asfalto é uma oportunidade de valorização do passado, lembrando que a mobilidade na cidade já foi marcada por uma rede eficiente e que, por décadas, moveu São Paulo.
Esses trilhos expostos são um testemunho silencioso de uma época em que a cidade se movia a um ritmo diferente. Quem sabe, no futuro, a cidade possa até mesmo considerar um projeto de preservação ou mesmo recriação histórica de trechos emblemáticos da antiga rede de bondes paulistana.
Créditos das fotos e texto: Willian Sabião (ADM da EU AMO TREM) com apoio da IA.
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